A vigília pela vida realizada no sábado (23/10) foi marcada por testemunhos de casais que enfatizaram a importância da família. O primeiro casal a falar foi Paulo Fernando e Rebeca, casados há nove anos, os dois participam do Pró-Vida e levam a frente um projeto em defesa da vida. Tudo começou há muitos anos atrás, quando uma namorada de Paulo Fernando se suicidou ainda adolescente por descobrir que estava grávida. Após o trauma, ele sentiu a necessidade de criar uma instituição em defesa da mulher.
Assessor parlamentar, Paulo Fernando falou sobre os projetos em tramitação na Câmara dos Deputados contra e a favor da vida. Entre os negativos estão o projeto de lei 1135/91 sobre a descriminalização do aborto; outro que permite que mulheres aidéticas grávidas abortem e um terceiro que autoriza a esterilização (laqueadura e vasectomia) a partir dos 21 anos. Depois de anos contra essas propostas citadas, Paulo Fernando percebeu a necessidade de lutar pelos projetos positivos, como, por exemplo, a instituição de uma semana de esclarecimento a respeito do aborto nas escolas públicas; a proibição de cenas de sexo na televisão e a obrigação de pagamento de impostos por parte da indústria pornográfica, já que atualmente ela é isenta de tributos.
Após o testemunho do primeiro casal, foi apresentada uma peça teatral do grupo Anuncia-me da Paróquia sobre uma mãe que desiste de fazer um aborto. Na sequência, o casal Paulo e Márcia Tominaga deu um testemunho sobre o filho deles, Filipe, que nasceu anencéfalo (com alteração na formação cerebral). Márcia contou ter tido uma gestação tranqüila, mas com muitas crises de choro e também com questionamentos sobre o porquê daquela situação. Ao nascer, Filipe ficou vivo durante 20 minutos e foi batizado. Depois de receber o bebê nos braços, Márcia disse que o amava muito. O pai da criança, Paulo, afirmou que aquele era o projeto de Deus para suas vidas e o mais importante não é a criança vir com saúde, mas sim ser amada e aceita pela família em qualquer situação. Atualmente o casal tem quarto filhos e luta contra uma ação no Supremo Tribunal Federal para liberar o aborto de anencéfalos.
O último casal a dar o seu testemunho foi Francisco e Andréia, que tem 10 filhos. Eles participam do caminho neocatecumenal e deixaram Curitiba para viver uma missão de evangelização em Brasília (P.Sul). Francisco disse que era empresário e abandonou toda uma vida de conforto para ser missionário. “Antes eu tinha bens e um bom salário, mas sou muito mais feliz agora, pois Jesus Cristo tem providenciado e feito tudo por minha família”, destacou.
Durante a Celebração da Palavra, o Padre Marcos ressaltou que muitas pessoas têm medo de ter filhos, pois pensam que isso atrapalhará suas vidas. “Um filho não é um problema. A vida vale por si mesma e é preciso defendê-la. O cristão deve lutar até o fim para defender esse direito”, concluiu o Padre. Após a celebração, houve uma procissão em favor da vida e a noite terminou com adoração e benção do Santíssimo. Uma noite muito maravilhosa!
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